22 de agosto de 2020

Tiro ao alvo

Quais são meus ideais? 

Pelo que eu luto? Será que temos que lutar sempre?

Faz tempo que não me imponho o não fazer certas coisas. 

Faz tempo  que não me imponho fazer algo.

Entende? 

Como pecar por ação ou por inação; pelo excesso ou pela falta.

Lembro que lutava muito por certos conceitos como honra de cavalheiro, como sendo fiel ao testemunho, alguém íntegro.


A vida tem me levado e eu sigo aproveitando o máximo das oportunidades.

Oportunidades de ser melhor, de aprender e melhorar habilidades, e como pessoa.

Mas se abraçar oportunidades for o meu ideal, então eu não tenho um ideal, eu tenho um hábito. 


E se não tenho um ideal, não tenho um guia.

Poderia chamar o ideal de perfeito, de uma utopia. 


Estou mirando no 10 pra aceitar um 8,5.

Estou mirando na liberdade pra aceitar insegurança.

Estou mirando no Core i9 pra aceitar um Core i5.

Estou mirando no vegano pra aceitar o vegetariano.


Talvez minha mira esteja muito alta, não condizente com a realidade. 

Talvez não deva aceitar "o que deu pra fazer".


Talvez tenha só que calibrar a minha mira e passar a mirar para acertar o lugar mirado, mesmo que não seja no meio. Até porque a gente nem sempre quer acertar no meio no tiro ao alvo da vida, né?


Não quero o sucesso individual capitalista, não quero trabalhar para o do outro, mas a serviço dos outros.

Não quero ser o que leu mais livros, o que fala mais línguas, o músico que toca tudo, o saradão, o super líbero ou o mais inteligente em matérias que não quero me aprofundar.


De verdade, verdade mesmo, quero ser o melhor pedagogo do mundo. Ensinar que aprender é uma capacidade que todos têm e que pode ser acessada com estímulos. Quero levar educação de qualidade a todos os que foram negligenciados desse direito. Quero reorganizar a educação no Brasil (e, possivelmente, no mundo... Mas essa não é minha mira). Sei que o caminho não é nada fácil, mas não é uma coisa que precisa ser desprazerosa. 


Mas me sinto precisar de uma mira de aprender a amar de verdade. E o amar de verdade é livre de ego, livre de acepção de pessoas. Mas como posso amar a todos de verdade sem amar a mim primeiro? 

Faço vários hábitos que me destroem dia após dia. Se não me amo de verdade, como posso amar alguém e saber receber o amor? - e não falo do amor romântico.

Se não cuido da minha saúde mental e física, como ajudo outras pessoas a entenderem que a aprendizagem e a autossabotagem são opostas? 

Como passar a ideia de que cada um vale à pena se destruo meu próprio corpo e minha própria saúde mental?

Como ensino que podemos "ser" o que quisermos porque corpo e mente trabalham em nosso favor  se mantenho hábitos prejudiciais a eles?

Taí o questionamento.


Amor e pedagogia me definem.

Autoamor e terminar o que comecei são meus próximos passos a por em prática JÁ.

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