10 de março de 2022

Ai, Ai

 Ai, ai


Às vezes eu me esqueço das coisas que eu já vivi, meus pensamentos, comportamentos, decisões, experiências sensoriais, meus sentimentos e emoções já vividas. 

Não diria que é autoconsciência, mas é como uma memória da autoconsciência. 

Sabe? Esquecer como fala uma palavra em outra língua, o nome de um animal. 

Só que: a não ser que estejam registradas, ou seja, "armazenadas" de alguma maneira, as memórias dos pensamentos não se acham no Google. 


Já vi, me lembro, entendi e percebi diversas coisas que faço hoje e que vão me prejudicar no futuro, mas nunca parei pra aprender...........


Aprender... essa palavra dá uma noção de longevidade que só. Parece que é pra sempre. Mas a gente não se lembra de que a perda de memória é possível, que a memória falsa é possível igualmente e que sem evocação de memória as conexões feitas pelos neurônios, seus limiares de potencial, número de receptores e mais outras coisas, elas mudam. 


Entendo que a atenção seja um aspecto essencial para o fazimento de memórias e que a atenção do TDAH seja voltada para os sentidos, sem um equilíbrio bem estabelecido entre bottom up e top down. 


Vamos lembrar também que as memórias ainda precisam ser muito bem estudadas e que são alterações fisiológicas, não importando se você materialista, dualista e qualquer outro ista. Tudo o que passa pela atenção tem a capacidade de causar mudanças fisiológicas, e tudo vai depender da frequência, seja na prática ou na evocação de memória. 


E tudo isso tem a ver com frequência, do micro ao macro: ação -> atenção -> memória -> mudanças neurofisiológicas OU evocação de memória -> mudanças fisiológicas. 


Mas, fisiologicamente, como ocorrem as evocações de memórias? Não sei ainda


 Mas não podemos nos esquecer dos limites fisiológicos e da capacidade criativa, inventiva, de relacionar memórias. 


Sem evocação de memória não há mudança. E evocação de memória está relacionada com a atenção.