E, mais uma vez, sinto o tempo me apressando numa afobação que não sei explicar.
Enquanto perpassa, cobra-me, cobre-me.
O futuro mais longe me parece mais próximo, acelerando uma história que não é minha, simplesmente: hipóstase.
Ao mesmo tempo, o passado me conta uma história distorcida, pensada por uma mente anterior e acompanhada por uma realidade que não estava presente conscientemente, mas estava lá.
O futuro do pretérito me perseguindo.
Não me ensinaram o que era real.
Não nos ensinaram nosso poder sobre nós mesmos.
Uma masmorra, escravizados, dicotomismos:
Uma inacabável resma, um cânone de prescrições escritas por alguém que não estava pensando nem mim, nem em você.
Nem em ninguém.