1 de setembro de 2021

Processamento é processamento - HM e HE

Houve uma época em que eram poucas coisas pra assimilar

A quantidade foi crescendo, os tópicos mais complexos, sistemas ganhando forma: memória e aprendizagem


Tanta coisa pra processar e ... ao mesmo tempo!

Os delays já eram previstos


Até que o processamento falhou.

Ou será que foi a máquina que falhou? - às vezes me pergunto


- pausa - 

Então eu sou uma máquina, huh?


- pausa -

É só uma metáfora. 


Os padrões e os ciclos bioquímicos já são conhecidos.


Deixa eu te ajudar


A consciência dói. A preocupação inquieta inquieta. 

As realidades não batem. Os planejamentos não encaixam.


- pausa -

Eu tô é cansado de ser eu. 


- pausa -

Nada mais parece que vale a pena. Custa muito. Dói.

Ao mesmo tempo, a cabeça tá cheia de planos, possibilidades e desejos. São tantos que não sei escolher um só. 

Meu lado científico me diz que só consigo fazer duas bem e ao mesmo tempo. Mas escolher duas que me contemplem por inteiro é difícil, e dois parece ser um número pequeno pra quantidade de coisas que eu sei que consigo e que seriam ótimas de fazer.

Não sei fazer só uma coisa por vez. 

Não sei fazer, só, uma coisa por vez. O social é importante pra mim.


- pausa -

É, não sei mais o  que é ter rotina e não tenho forças pra sair da que estou. 

Não fazer nada não é uma opção, porque a preocupação de eu deveria estar fazendo algo é grande.

Mas essa urgência de estar estimulado a todo momento e a negligência de responsabilidades batem na porta bem frequentemente. 

Sono? Desregulado

Ansiedade? Tô só no esquivo, atento.

Quero ter uma rotina

    mas quero poder mudar a rotina,

        mas a rotina é boa pra aprendizagem

            mas a rotina é chata e eu preciso de tempo pra processar as coisas, ou eu sei tudo do que eu tô                fazendo, ou eu não sei nada

                mas quanto mais eu procrastino, mais coisas acumulam, e as coisas tem prazos, né

                    

- pausa -

Bom, pelo menos isso me fez pensar. "ou sei tudo do que tô fazendo, ou não sei nada" 

Isso nos leva ao corolário: ou eu controlo e sigo o que planejei (o que resulta em um belo arraso no final) ou eu não atinjo a materialização do que está na minha mente, não dou meu máximo, passo pro modo automático, objetivo, prático e sem perder a qualidade, mas não expressa o que eu penso.

Perfeccionismos

Eu sei seguir uma rotina, mas não quero mais trabalhar com autopunições como motivação. Fazer uma coisa só pra não ser punido não me parece justo, embora seja uma boa fonte para a ação. 

Enquanto isso, vamos de automático.