30 de setembro de 2019

Q

Não quero generalizar, mas essa visão de maioria é bem válida pra mim.



Voltei nesse pensamento de que todo mundo, incluindo eu mesmo, está fazendo tudo errado. Não que tenha um roteiro de certo ou errado, mas claramente estamos caminhando na trilha que leva a um lugar não muito agradável.
Com tanta tecnologia, conhecimento, informação, possibilidades, acesso e estatísticas, ainda não encontramos um jeito de acabar com a maioria das coisas ruins que acontecem.
Acabar com os problemas mais básicos da nossa sociedade como a segurança alimentar, a marginalização de minorias incluindo o preconceito, o acesso à educação, à moradia e à saúde, o bullying, a preservação do meio ambiente, etc.
A lista é imensa e não acredito que todos os problemas possam ser resolvidos.

Acho que vai muito do que a gente entende como realidade, sabe ?
Quando nascemos esse mundo já estava "pronto". Já veio com todos os problemas.
Em teoria, nós não criamos nenhum. Avançamos e retrocedemos em alguns, mas já estavam aqui. E crescer em um mundo como esse, pela probabilidade, só faz com que as estatísticas se mantenham.
A mudança até vem, mas vem aos poucos. E isso não faz o menor sentido.

É hipocrisia culpar só a busca pelo dinheiro. É um problema mais histórico que isso.
Talvez seja uma ilusão causada por todas as coisas pelas quais o ser humano pode se corromper. A corrupção a qual me refiro é aquela que cega alguém a ponto de prejudicar o outro pra garantir o seu. Ou também prejudicar a si mesmo para atingir um certo nível de prazer relativo.

E fazemos isso a todo momento.
O que muda é só  a quantidade de pessoas atingidas.

Seres humanos simplesmente não conseguem chegar a um acordo. Nem consigo mesmos.

Temos as coisas mais valiosas nessa vida, e se resumem em duas: Tempo e Escolha.
Essas duas estão sempre ligadas e estão sempre presentes na nossa rotina.

O que escolhemos fazer com o nosso tempo é mais valioso que qualquer moeda.
Esse é o único poder que vale a pena.

Quanto mais fazemos algo, maior a probabilidade de repetirmos esse algo, mesmo que tragam consequências ruins. De maneira análoga, quanto maior o número de pessoas fazendo algo a probabilidade de aprendermos por repetição aumenta. E isso parece não estar escrito em nenhum lugar, parece não ser ensinado em nenhuma escola.

Em outras palavras, o que eu faço influencia outras pessoas, assim como o contrário acontece também.

Não vejo mais sentido nos pequenos erros que tenho feito.
Não tem mais sentido continuar acompanhar esse fluxo de ações copiadas e aprendidas que ninguém nasceu fazendo. Escapar dessas ações é muito difícil. Escapar do modo automático requer esforço. Requer tempo. Requer escolhas conscientes. Requer tempo pra buscar informações.

Ao longo da nossa adolescência e juventude, quando aprendemos as coisas mais básicas e necessárias pra sobrevivência, somos ensinados de maneiras tão erradas.
Temos, a todo momento, que descobrir como lidar com situações que não precisaríamos ter que lidar se o mundo tivesse o amor e a justiça como pilares.
Vemos o errado e achamos normal.
Vemos o normal e repetimos.
Assim nunca vamos chegar nem perto daquilo que seria ideal pra vida.

(não sei mais como continuar)

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