13 de março de 2017

tudo da sua, da minha e de outras cabeças

Quando eu era garoto
acreditava em papai noel
Que a cegonha trazia os filhos pras mães
Acreditei até que existia Rapunzel

Colocava os dentinhos debaixo do travesseiro
pra ter o "meu próprio dinheiro" e comprar un docinhos
Também tinha medo do escuro
pois pensava que lá não era seguro

Tinha certeza que o Jerry, assim como os outros ratos, falava
E que gatos como o Tom sabiam tocar instrumentos
Que uma máquina como a do The Sims
poderia preencher todas as barras de necessidades
na velocidade de dois pensamentos

E aquilo tudo era real
Ao passar um dia após o outro
cada coisinha que eu acreditava
não era mais normal

É aí que fica aquela questão
passando toda hora na cabeça
O que querem que a gente acredite ?
O que querem que a gente esqueça ?

Há coisas que não tenho nem noção
Claro, vinte e três anos, ainda não sou um ancião
O amor pode não ser como passa na televisão
E as possíveis relações interpessoais também não




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